quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dia Nacional do Livro

Você sabe por que comemoramos o dia Nacional do Livro no dia 29 de outubro?
Nesse mesmo dia em 1810, a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil.
E quando então foi fundada a Biblioteca Nacional e esta data escolhida para o DIA NACIONAL DO LIVRO.

Real Gabinete Português de Leitura

Pelo seu prestígio nos meios intelectuais, pela beleza arquitetônica do edifício da sua sede, pela importância do acervo bibliográfico.
Os “gabinetes de leitura” criados no Brasil pelos portugueses - o do Rio de Janeiro foi o primeiro, mas mais tarde virão os do Recife (em 1850) e o de Salvador (em 1863) - diferenciam-se, entretanto, daqueles estabelecimentos franceses por uma característica: é que neles não se fazia qualquer pagamento pelo empréstimo do livro. Seguindo o exemplo dos “gabinetes de leitura” de raiz portuguesa e ainda na segunda metade do século XIX, instituições semelhantes que também eram denominadas “gabinetes de leitura” e que foram transformadas depois em bibliotecas municipais.


http://www.realgabinete.com.br/
Rua Luís de Camões, 30 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20051-020

Fundação Biblioteca Nacional

A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina.

O núcleo original de seu poderoso acervo calculado hoje em cerca de nove milhões de itens é a antiga livraria de D. José organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever, para substituir a Livraria Real, cuja origem remontava às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte, e que foi consumida pelo incêndio que se seguiu ao terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.O início do itinerário da Real Biblioteca no Brasil está ligado a um dos mais decisivos momentos da história do país: a transferência da rainha D. Maria I, de D. João, Príncipe Regente, de toda a família real e da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, quando da invasão de Portugal pelas forças de Napoleão Bonaparte, em 1808.

O acervo trazido para o Brasil, de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foi inicialmente acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. A 29 de outubro de 1810, decreto do Príncipe Regente determina que no lugar que serviu de catacumba aos religiosos do Carmo se erija e acomode a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática, fazendo-se à custa da Fazenda Real toda a despesa conducente ao arranjo e manutenção do referido estabelecimento. A data de 29 de outubro de 1810 é considerada oficialmente como a da fundação da Real Biblioteca que, no entanto, só foi franqueada ao público em 1814.
Quando, em 1821, a Família Real regressou a Portugal, D. João VI levou de volta grande parte dos manuscritos do acervo. Depois da proclamação da independência, a aquisição da Biblioteca Real pelo Brasil foi regulada mediante a Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade celebrado entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto de 1825.

A FBN possui ainda um Escritório de Direitos Autorais para registro e averbação de direitos de autor e também é a Agência Nacional do ISBN (International Standard Book Number). Como tal, ela coordena e incentiva o uso do sistema internacional de numeração de livros e atribui códigos às editoras e às publicações nacionais para efeito de divulgação e comercialização.Sob o novo estatuto de Fundação, a Biblioteca Nacional ampliou seu campo de atuação, passando a coordenar as estratégias fundamentais para o entrelaçamento de três dos mais importantes alicerces da cultura brasileira: biblioteca, livro e leitura. Assim a instituição coordena o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e a política de incentivo à leitura através do Proler.
Para garantir a manutenção de seu acervo, a FBN possui laboratórios de restauração e conservação de papel, estando apta a restaurar, dentro das mais modernas técnicas, qualquer peça do acervo que precisar desse serviço. Possui também oficina de encadernação e centro de microfilmagem, fotografia e digitalização. Nessa área de conservação de acervo, a Biblioteca Nacional desenvolve dois planos: O Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros, com uma rede de núcleos estaduais de microfilmagem com vistas à preservação de toda produção jornalística do país e o Plano Nacional de Restauração de Obras Raras, cujo objetivo é identificar e recuperar obras raras existentes, não só na Biblioteca Nacional, como em outras bibliotecas e acervos bibliográficos do país.Com vistas a consolidar a inserção da Fundação Biblioteca Nacional na sociedade da informação, foi lançado o Portal Institucional (www.bn.br), permitindo o acesso aos Catálogos em linha. Em 2006 foi criada a Biblioteca Nacional Digital concebida de forma ampla como um ambiente onde estão integradas todas as coleções digitalizadas colocando a Fundação Biblioteca Nacional na vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e acesso às obras e aos serviços, via Internet.

Fundação Biblioteca Nacional/FBN
COORDENADORIA DE SERVIÇOS BIBLIOGRÁFICOS - csb@bn.br
Biblioteca Nacional (RJ) http://www.bn.br




Biblioteca Pública Municipal e Escolar
"Norberto Cândido Silveira Júnior"

Situado na Praça da Bíblia, esquina da rua Heitor Liberato com a rua José Eugênio Müller, e construído em estilo germânico, na década de 20, o prédio foi comprado pela família Renaux, de Brusque, recebendo o nome com que ficou conhecido até hoje: "Fábrica de Tecidos Renaux". Através do Decreto nº 5.910 de 27 de abril de 1999, o Prefeito Municipal de Itajaí, Sr. Jandir Bellini, homologou o tombamento do imóvel denominado Ex-Fábrica Renaux, inscrito no livro de Tombo Histórico da Fundação Cultural de Itajaí. Definido como prédio ideal para a instalação da Biblioteca Pública de Itajaí, recebeu reforma total, para sediar a Biblioteca Pública Municipal e Escolar "Norberto Cândido Silveira Júnior". Hoje, sendo uma realidade com objetivos definidos, a Biblioteca Pública "Silveira Júnior" forma cidadãos críticos, criativos e participantes, e um importante portal de ingresso à comunidade, que busca a informação, a pesquisa e o lazer.
www.biblioteca.itajai.sc.gov.br/



A História do Livro

A história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhora da conservação dos volumes e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Esta história é intimamente ligada às contingências políticas e econômicas e à história de idéias e religiões.
Antiguidade
Na Antiguidade surge a escrita, anteriormente ao texto e ao livro. A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore.
Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado. O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.
O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais "recentes" são datados do século II a.C..
Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códice (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.
Uma conseqüência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.
A consolidação do códex acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura ocorria tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto.
Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações em forma escrita.
Idade Média

Uma página da Bíblia de Gutenberg (Velho testamento).
Na idade Média o livro sofre um pouco, na Europa, as consequências do excessivo fervor religioso, e passa a ser considerado em si como um objeto de salvação. A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos mosteiros era conservada a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos.
O livro continua sua evolução com o aparecimento de margens e páginas em branco. Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras maiúsculas. Também aparecem índices, sumários e resumos, e na categoria de gêneros, além do didático, aparecem os florilégios (coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e os textos eróticos. Progressivamente aparecem livros em língua vernacular, rompendo com o monopólio do latim na literatura. O papel passa a substituir o pergaminho.
Mas a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi a impressão, no século XIV. Consistia originalmente da gravação em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 surgia na China, por meio de Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis, mas a tecnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg.
A Epopéia de Gilgamesh é o livro mais antigo conhecido.
Idade Moderna
No Ocidente, em 1455, Johannes Gutenberg inventa a imprensa com tipos móveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim. Houve certa resistência por parte dos copistas, pois a impressora punha em causa a sua ocupação. Mas com a impressora de tipos móveis, o livro popularizou-se definitivamente, tornando-se mais acessível pela redução enorme dos custos da produção em série.
Com o surgimento da imprensa desenvolveu-se a técnica da tipografia, da qual dependia a confiabilidade do texto e a capacidade do mesmo para atingir um grande público. As necessidades do tipo móvel exigiram um novo desenho de letras; caligrafias antigas, como a Carolíngea, estavam destinadas ao ostracismo, pois seu excesso de detalhes e fios delgados era impraticável, tecnicamente.
Uma das figuras mais importantes do início da tipografia é o italiano Aldus Manutius. Ele foi importante no processo de maturidade do projeto tipográfico, o que hoje chamaríamos de design gráfico ou editorial. A maturidade desta nova técnica levou, entretanto, cerca de um século.
Portugal

Fotografia de um livro publicado em 1866.
Em Portugal, a imprensa foi introduzida no tempo do rei D. João II. O primeiro livro impresso em território nacional foi o Pentateuco, impresso em Faro em caracteres hebraicos no ano de 1487. Em 1488 foi impresso em Chaves o Sacramental de Clemente Sánchez de Vercial, considerado o primeiro livro impresso em língua portuguesa, e em 1489 e na mesma cidade, o Tratado de Confissom. A impressão entrava em Portugal pelo nordeste transmontano. Só na década de noventa do século XV é que seriam impressos livros em Lisboa, no Porto e em Braga.
Na idade Moderna aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros de bolso. Estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques.
Idade Contemporânea
Cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais, seja da enciclopédia. Novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema.
O acabamento dos livros sofre grandes avanços, surgindo aquilo que conhecemos como edições de luxo. Atualmente, a Bíblia é o livro mais vendido do mundo.
A produção do livro
A criação do conteúdo de um livro pode ser realizada tanto por um autor sozinho quanto por uma equipe de colaboradores, pesquisadores, co-autores e ilustradores. Tendo o manuscrito terminado, inicia a busca de uma editora que se interesse pela publicação da obra (caso não tenha sido encomendada). O autor oferece ao editor os direitos de reprodução industrial do manuscrito, cabendo a ele a publicação do manuscrito em livro. As suas funções do editor são intelectuais e econômicas: deve selecionar um conteúdo de valor e que seja vendável em quantidade passível de gerar lucros ou mais-valias para a empresa. Modernamente o desinteresse de editores comerciais por obras de valor mas sem garantias de lucros tem sido compensado pela atuação de editoras universitárias (pelo menos no que tange a trabalhos científicos e artísticos).
Cabe ao editor sugerir alterações ao autor, com vista a ajustar o livro ao mercado. Essas alterações podem passar pela editoriação do texto, ou pelo acréscimo de elementos que possam beneficiar a utilização/comercialização do mesmo pelo leitor. Uma editora é composta pelo Departamento editorial, de produção, comercial, de Marketing, assim como vários outros serviços necessários ao funcionamento de uma empresa, podendo variar consoante as funções e serviços exercidos pela empresa. Na mesma trabalham os editores, revisores, gráficos e designers, capistas, etc. Uma editora não é necessariamente o produtor do livro, sendo que quase sempre essa função de reprodução mecânica de um original editado é feita por oficinas gráficas em regime de prestação de serviço. Dessa forma, o trabalho industrial principal de uma editora é confeccionar o modelo de livro-objeto, trabalho que se dá através dos processos de edição e composição gráfica/digital.

Livros
A fase de produção do livro é composta pela impressão (posterior à imposição e montagem em caderno - hoje em dia digital), o alceamento e o encapamento. Podendo ainda existir várias outras funções adicionais de acréscimo de valor ao produto, nomeadamente à capa, com a plastificação, relevos, pigmentação, e outros acabamentos.
Terminada a edição do livro, ele é embalado e distribuído, sendo encaminhado para os diferentes canais de venda, como os livreiros, para daí chegar ao público final.
Pelo exposto acima, talvez devêssemos considerar que a categoria livro seja a concepção de uma coleção de registros em algum suporte capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos. No início de 2007, foi noticiada a invenção e fabricação, na Alemanha, de um papel eletrônico, no qual são escritos livros.
Bibliografia
FEBVRE, Lucien. O aparecimento do livro. São Paulo: Unesp, 1992.
KATZENSTEIN, Ursula. A origem do livro. São Paulo: Hucitec, 1986.
SCORTECCI, João. Guia do Profissional do Livro. São Paulo: Scortecci, 20

Comemore também!
Comemore a tardição do livro...
Lendo...
presenteando com livro...

A Câmara Setorial de Literatura de Itajaí tem o prazer de convidá-lo à participar da
“1ª Coletiva de Autógrafos de Escritores”,
que acontecerá no Espaço Cultural do Angeloni, no dia 7 de novembro de 2009, às 19:30 horas.
O evento será durante a abertura da Exposição “Cor e Forma”, do artista Walmir Binhotti.
Durante o evento haverá show musical e coquetel, a partir das 19h00.

Inscrição gratuita

Podem participar escritores e poetas residentes em Itajaí e região...

Interessado em participar?

Você pode se inscrever através do http://br.mc534.mail.yahoo.com/mc/compose?to=camarasetorialliteraturaitajai@gmail.com - informações – 9159-4220

1ª Coletiva de Autógrafos de Escritores Itajaienses
Espaço Cultural do Angeloni, junto com a abertura da Exposição Cor e Forma, do artista Walmir Binhotti
Dia 07 de novembro - haverá música e coquetel - Horário: 19h30

Ajude a divulgar repasse aos colegas escritores...

Cláudia Regina Telles
Representação de Literatura no Conselho Municipal de Cultura de Itajaí




terça-feira, 13 de outubro de 2009

Participação no Programa Lusitando especial Dia das crianças

Quis deixar aos responsáveis pelas crianças
a vontade e a beleza das histórias... do contar histórias...
como possibiliade de presente...

um presente... presença... atenção amorosa...
de voz... de coração... de palavras...
e soltei a voz... e soltei a emoção...

contemos e cantemos
por uma infância melhor...
por humanidade mais lúcida e pacífica...


Semana da Criança

A Livraria Infantil Doce Leitura me levou para contar histórias na Semana da Criança que aocnteceu no Itajaí Shopping de 06 a 12 d outubro


montei meu tapete... a roda... e fiquei esperando...

e elas chegaram...e juntos
nós compomos uma bela roda para que as histórias pudessem acontecer


e fim...




Livraria Doce Leitura oferece contação de história na escola Pingo de gente

A livraria Infantil Doce Leitura fez uma feira na Escola Pingo de Gente
e me levou para ocntar histórias


a tarde se debruçou na janela do dia para ouvir histórias

e o sol entrou pela janela faceiro e caloroso
e encheu de luz o ambiente...








A livraria Infantil Doce Leitura fez uma feira na Escola Pingo de Gente




final de tarde do dia 01 de outubro



o sol entrando pela janela para ouvir histórias











segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Contos e Cantos espalhados pelo ar

Momento Contando e Cantando Histórias
Julho de 2009

O Programa Comunidade interativa iniciou em 13 de julho de 2009.
No primeiro Momento Contando e Cantando Histórias falei um cadinho sobre mim, que fui uma menina criada no interior e que ouviu muitas histórias dos avós, dos vizinhos e que depois vida a fora presenciou, vivenciou muitas outras leu tantas outras...
E sobre o Projeto Contando e Cantando Histórias que existe desde 2004 através do qual realizei inúmeras contações de histórias, oficinas de criação de histórias, vivências utilizando contos e cursos de contadores de histórias para educadores, crianças, idosos e outros interessados nessa antiga arte da palavra.
Aproveitei o segundo para falar sobre a Arte de Contar Histórias e suas origens nos primórdios da cultura humana e como serviu para transmissão do conhecimento e das histórias míticas de cada grupo humano.
Momento Contando e Cantando Histórias
agosto de 2009

Nos programas do mês de agosto, mês do Folclore, e os Momentos Contando e Cantando Histórias, foram dedicados a contar e cantar um cadinho da riqueza que é o folclore brasileiro, suas raízes culturais mais ingênuas e que refletem a diversa paisagem étnica que é o povo brasileiro.

São causos, contos, mitos, parlendas, advinhas, provérbios, cantigas, cantos, cirandas, rituais religiosos, artesanias, modos de preparo de alimentos típicos, vocabulários e regionalismos, traços da colonização que se miscigenaram, a criatividade popular que cria e recria a vida a fim de sobreviver, educar e construir memória.
Diz o ditado popular: 'quem canta, seus males espanta', e o folclore brasileiro encontramos inúmeros cantos, cantigas e cirandas, os causos e modas de viola e as brincadeiras de roda ou populares que traduzem bem o dito. Alguns ditos são frutos da sabedoria popular e esse com certeza é um deles, pois nada melhor que cantar no trabalho, especialmente quando o trabalho é coletivo.


As cantigas ou cantos de trabalho , encontrados no interior, são usados em vários de serviços: para vender diversos artigos, nas plantações, celebrar as colheitas e em determinados ofícios: os balaieiros, as quebradeiras de coco, as lavadeiras, nos engenhos de farinha e etc... Estas cantigas eram vivenciadas em grupo e hoje muitas delas sobrevivem nas memórias de algumas pessoas e vem sendo revividas através do trabalho de arte educadores em comunidades, grupos folclóricos, um cadinho fora do contexto original, mas recriadas.
Há projetos do IPHAN e do MINC, que incentivam e apóiam iniciativas de preservação e valorização da cultura popular, através dos pontões e pontos de cultura, que mantém vivos os nosso patrimônios imateriais .

http://www.cultura.gov.br/
http://www.funarte.gov.br/

Momento Contando e Cantando Histórias
Setembro de 2009
“Quando entrar setembro...
E a boa nova andar nos campos ...
Quero ver brotar o perdão...
Onde a gente plantou
Juntos outra vez ...
Já sonhamos juntos ...
semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz ...
No que falta sonhar ... “
No mês de setembro semeei, contei e cantei histórias e cantos que falam da Primavera, de renovação, de belezas, de flores e metáforas que vem da observação, da contemplação sobre o ciclo ...
Desde pequenos sabemos que setembro é mês da Primavera, das flores e frutos, mas nem sempre sabemos o por que deste ciclo do ano se chamar Primavera??? Contei um mito ocidental que explica a sua f orma a origem do ciclo.
Depois foram várias metáforas

Momento Contando e Cantando Histórias
outubro de 2009

Neste mês de outubro compartilho Fábulas, estas pequenas histórias que vem atravessando os tempos.
A palavra latina fábula deriva do verbo fabulare, "conversar, narrar", o que mostra que a fábula tem sua origem na tradição oral. A fábula é um gênero literário muito antigo. Elas são encontradas em todas as culturas humanas e em todos os períodos históricos. Este caráter universal da fábula se deve, sem dúvida, à sua ligação muito íntima com a sabedoria popular.
A fábula, por ser uma pequena narrativa, serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude e termina com uma lição de moral. A grande maioria das fábulas retratam personagens como animais ou criaturas imaginárias (criaturas fabulosas), que representam de forma alegórica os traços de caráter (negativos e positivos), de seres humanos.
Esopo primeiro autor conhecido de Fábulas
depois muitos outros o reescreveram, por certo adaptando o linguajar e as metáforas ao seu tempo. Febro é o mais desconhecido de todos...
Fedro nasceu 30/15 a.C.44/50 d.C.) foi um fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia, filho de escravos. Coube a Fedro, quando iniciou-se na literatura, enriquecer estilisticamente muitas fábulas de Esopo, pois todas não estavam escritas, mas eram transmitidas oralmente, isto é, contadas, elas serviam de aprendizagem e memorização dos valores morais do grupo social.
Portanto, Fedro introduziu a fábula na literatura latina.
“Ao mesmo rio vieram, compelidos pela sede, o lobo e o cordeiro.
O lobo estava mais acima e o cordeiro bem mais abaixo. Então o predador , incitado por sua goela maldosa, encontrou motivo de rixa: “Estou a beber e tu poluis a água!”.
O lanoso, tímido, responde:
“Como posso fazer isso de que te queixas, ó lobo? De ti para meus goles é que o liquido corre”.
Repelido pela força da verdade, ele replicou:
“Cerca de seis meses atrás, falaste mal de mim”.
O cordeiro retruca: “Eu? Então eu sequer era nascido…”.
- Por Hércules!, teu pai é que me destratou!
Em seguida, dilacera a presa, dando-lhe morte injusta.
Escrevi esta fábula por causa daqueles indivíduos que oprimem os inocentes por razões fictícias.

Fedro. (Tradução de Luiz Feracine)

Leonardo da Vinci

As fábulas que conto neste momento é de autoria de Leonardo da Vinci, italiano que nasceu em 1452 e morreu em 1519.
Um homem extraordinário, ele foi artista plástico, cientista e escritor .
Um dos maiores pintores do Renascimento e, possivelmente, seu maior gênio, por ser também anatomista, engenheiro, matemático, músico, naturalista e filósofo, bem como arquiteto, inventor e escultor.
Da Vinci reinventou da fábula na Itália, suas fábulas e lendas relacionavam-se com as de Esopo, Fedro e outros do imaginário medieval.
A Pedra e o Metal
Certo dia o metal começou a bater numa pedra e ela,
surpresa e indignada, virou-se e lhe disse:
- Que é isso? Você deve estar me confundindo com alguém, porque não conheço você. Deixe-me em paz, pois nunca fiz mal a ninguém!
O metal olhou para a pedra, sorriu e em seguida respondeu:
- Se você tiver um pouco de paciência,
verá que coisa maravilhosa posso fazer você produzir.
A essas palavras a pedra conformou-se e suportou com grande paciência os golpes que o metal lhe infringia.
Finalmente, de repente, fez-se uma faísca que acendeu um fogo maravilhoso,
com o poder de fazer coisas fantásticas.

Jean de La Fontaine um dos fabulistas mais conhecidos

francês de origem burguesa, nascido em 1621 na região de Champagne, foi autor de contos, poemas, máximas, mas com as fábulas ganhou notoriedade mundial. Resgatando fábulas do grego Esopo (século VI a. C.) e do romano Fedro (século I d. C.), os textos de La Fontaine não apresentam grande originalidade temática, mas recebem um tempero de fina ironia. O autor francês não só tornou mais atuais as fábulas de Esopo, como também criou suas próprias, dentre elas "A cigarra e a formiga" e "A raposa e as uvas".

Contemporâneo de Charles Perrault, freqüentava a corte do Rei Sol - Luís XIV, de onde extraiu informações para sua crítica social. Integrou o chamado "Quarteto da Rue du Vieux Colombier", composto também por Racine, Boileau e Molière. Participou da Academia Francesa com ingresso em 1683, em que sucedeu o famoso político Colbert, a quem se opunha ideologicamente.
Estreou no mundo literário em 1654 com uma comédia. A publicação da primeira coletânea de fábulas data de 1668, sucedida de mais 11, lançadas até 1694. No prefácio dessa primeira coletânea, deixa bem clara suas intenções na constituição dos textos: "Sirvo-me de animais para instruir os homens." Jean de La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna,
Morre em 1695, aos 73 anos sendo considerado o pai da fábula moderna. As narrativas de La Fontaine estão permeadas de pensamentos filosóficos com forte moralidade didática e, apesar de tão antigas, mantêm-se vivas até hoje.

Monteiro Lobato

José Bento Monteiro Lobato, que nasceu em Taubaté, SP, 1882 e morreu em 1948. Escritor, contista; dedicou-se à literatura infantil.

As fábulas de Lobato contou ou recontou fábulas na voz da personagem, Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho, e após o término da história os demais personagens do Sitio do Pica Pau Amarelo conversam sobre a fábula, facilitando assim o entendimento da história.

A FORMIGA MÁ
Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu de sua porta.
Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel manto de gelo.
A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro e o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se nem folinha que comesse.
Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou - emprestado, notem! - uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o permitisse.
Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.
- Que fazia você durante o bom tempo?
- Eu... eu cantava!...
- Cantava? Pois dance agora, vagabunda! - e fechou-lhe a porta no nariz.
Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra, morta por causa da avereza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?

Monteiro Lobato

Ateliê Clara Lua Cheia
Projeto Contando e Cantando Histórias
Rádio Conceião FM 105,9
Programa Comunidade Interativa
Momento Contando e Cantando Histórias
sextas-feiras às 08:30 horas
Nosso conato: (47) 9159-4220
E-mail: contandoecantandohistórias@gmail.com
Lembre uma boa história é segundo Machado de Assis :
“um retalho de impalpável, outro de improvável, cozidos todos com a agulha da imaginação.”
Bons dias e inté...
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

bastidores Momento Contando e Cantando Histórias


Gravação dos Momentos Contando eCantando Histórias que vai ao ar todas as sextas-ferias às 08:30 durante o Programa Comunidade Interativa da Rádio Conceição FM 105,9

técnico Rafael Zimmerman