“Nunca se esquecem as lições aprendidas na dor”
provérbio Africano
Canto das três raças
(Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
Clique para ouvir em RealPlayer com Clara Nunes
(Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
Clique para ouvir em RealPlayer com Clara Nunes
Ninguém ouviu um soluçar de dorNo canto do Brasil.
Um lamento triste sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro e de lá cantou.
Negro entoou um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares, onde se refugiou.
Fora a luta dos inconfidentes
Pela quebra das correntes.
Nada adiantou.
E de guerra em paz, de paz em guerra,
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar, canta de dor.
E ecoa noite e dia: é ensurdecedor.
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador...
Esse canto que devia ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dorFaz alguns anos o mês de novembro vem sendo dedicado às questões raciais, onde o Movimento de Consciência Negra realiza atividades a fim de dar visibilidade a cultura negra no país.
Em Itajaí a Semana da Consciência Negra tem por tema:
“A Valorização e o Reconhecimento da Cultura Negra”
Hoje as 15:30 horas no Museu Histórico será realizada a entrega do Busto de Simeão, uma homenagem ao artífice construtor da 1ª Igreja de Itajaí.
Conto sobre a pesquisa iconográfica da figura de Negro Simeão, escravo pertencente ao Coronel Agostinho Alves Ramos, que refez com pedras e tijolos em 1834 a primitiva capela de pau a pique começada em 1823, à beira do Rio Itajaí-Açu atual Igrejinha Imaculada Conceição de Itajaí ou Igrejinha Velha, como carinhosamente é chamada.
Com este trabalho irei participar do Congresso da FGML Cidade Revelada, “Preservando Identidade Culturais”, que acontece de 25 a 27 de novembro na UNIVALI, informações através do site www.cidaderevelada.itajai.sc.gov.br
Um rosto emerge da escuridão do esquecimento
A Pesquisa inicia com a proposta recebida pelo artista itajaiense, Silvestre João de Souza Júnior, para realização do Busto do Negro Simeão, à compor a coleção de bustos do Museu Histórico de Itajaí.
Era necessário recuperar do passado, o rosto que a História não guardou? E fazê-lo a partir de leituras e dos teores de história oral, relatos de historiadores, reminiscências da memória da cidade, nos fizeram encontrar aí, algo sobre o qual lançar o olhar imaginativo de artista e utilizarmos os fragmentos de memória para reconstruir a imagem de Simeão, como se fossem , D.N.A.
O trabalho que apresentarei é fruto do processo do encontro dessa imagem, e o registro fotográfico de toda experiência de confecção do Busto de Simeão.
Do encontro com Sr. Manoel Vital Alves, cuja imagem escolhemos para basear a confecção do Busto e aproveitamos para registrar sua história, e os traços que os une.
Pessoa muito especial a quem a história irá esquecer como tantos, outros, pois nem sempre as histórias que a história guarda são histórias de pessoas essenciais na vida da cidade...
“A Valorização e o Reconhecimento da Cultura Negra”
Um rosto emerge da escuridão do esquecimento
Hoje as 15:30 horas no Museu Histórico será realizada a entrega do Busto de Simeão, uma homenagem ao artífice construtor da 1ª Igreja de Itajaí.
Bons dias e inté...
E lembre uma boa história é segundo Machado de Assis, um descendente de negro escravos, mulato
“um retalho de impalpável, outro de improvável cozidos todos com a agulha da imaginação”...
Programa 17
“Nunca se esquecem as lições aprendidas na dor” provérbio Africano
13 de Novembro 2009 - Especial Consciência Negra
A cultura Africana é parte das raízes do imaginário da cultura brasileira. A Cultura Afro-brasileira é uma das inúmeras manifestações culturais brasileiras mais vivas em todo pais.“Nunca se esquecem as lições aprendidas na dor” provérbio Africano
13 de Novembro 2009 - Especial Consciência Negra
A Cultura e a Arte Africana que ornam museus pelo mundo a fora, antes de serem exóticas eram e são coração/alma de seres humanos.
No país a cultura africana ficou raízes, miscigenou-se, transformou-se e se consagra a cada novo dia, através das manifestações nos hábitos cotidianos, artes e religiosidade.
E na cidade de Itajaí, temos a Festa de Nossa Senhora do Rosário, que este ano irá abrir a programação da V Semana da Consciência Negra.
“Virgem do Rosário Senhora do mundo,
Dê-me um côco d´água
Senão vou ao fundo.”
verso popular
A Festa de Nossa Senhora do Rosário, originou-se na devoção dos Padres Dominicanos, por volta de 1200. São Domingos, inspirado pela Virgem Maria, deu ao Rosário sua forma atual. Isto pode ser comprovado em episódios revelados em sua icnografia.
A primeira Irmandade do Rosário foi instituída por eles em Colônia (Alemanha). Logo, a devoção se propagou, sendo levada também por missionários portugueses ao Congo.
No Brasil, ela foi adotada por senhores e escravos, sendo que, no caso dos negros, ela tinha o objetivo de aliviar-lhes os sofrimentos infligidos pelos brancos.
Os escravos recolhiam as sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas “Lágrimas de Nossa Senhora”, e montavam terços para rezar.
Dê-me um côco d´água
Senão vou ao fundo.”
verso popular
A Festa de Nossa Senhora do Rosário, originou-se na devoção dos Padres Dominicanos, por volta de 1200. São Domingos, inspirado pela Virgem Maria, deu ao Rosário sua forma atual. Isto pode ser comprovado em episódios revelados em sua icnografia.
A primeira Irmandade do Rosário foi instituída por eles em Colônia (Alemanha). Logo, a devoção se propagou, sendo levada também por missionários portugueses ao Congo.
No Brasil, ela foi adotada por senhores e escravos, sendo que, no caso dos negros, ela tinha o objetivo de aliviar-lhes os sofrimentos infligidos pelos brancos.
Os escravos recolhiam as sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas “Lágrimas de Nossa Senhora”, e montavam terços para rezar.
Com quase três III séculos de existência, a Irmandade do Rosário dos Homens Negros é uma referência para movimentos de consciência negra, porque apresenta uma tradição que remonta os tempos dos primeiros negros no Brasil.
A Festa de Nossa Senhora do Rosário, tem início dia 15 de novembro, as 09:00 horas na Igreja de João João Batista, do bairro São João em Itajaí e segue durante todo dia.
A Festa abre a programação da V Semana da Consciência Negra, que tem por tema:
“A Valorização e o Reconhecimento da Cultura Negra”