Momento Contando e Cantando Histórias
Julho de 2009
O Programa Comunidade interativa iniciou em 13 de julho de 2009.
No primeiro Momento Contando e Cantando Histórias falei um cadinho sobre mim, que fui uma menina criada no interior e que ouviu muitas histórias dos avós, dos vizinhos e que depois vida a fora presenciou, vivenciou muitas outras leu tantas outras...
Julho de 2009
O Programa Comunidade interativa iniciou em 13 de julho de 2009.
No primeiro Momento Contando e Cantando Histórias falei um cadinho sobre mim, que fui uma menina criada no interior e que ouviu muitas histórias dos avós, dos vizinhos e que depois vida a fora presenciou, vivenciou muitas outras leu tantas outras...
E sobre o Projeto Contando e Cantando Histórias que existe desde 2004 através do qual realizei inúmeras contações de histórias, oficinas de criação de histórias, vivências utilizando contos e cursos de contadores de histórias para educadores, crianças, idosos e outros interessados nessa antiga arte da palavra.
Aproveitei o segundo para falar sobre a Arte de Contar Histórias e suas origens nos primórdios da cultura humana e como serviu para transmissão do conhecimento e das histórias míticas de cada grupo humano.
Aproveitei o segundo para falar sobre a Arte de Contar Histórias e suas origens nos primórdios da cultura humana e como serviu para transmissão do conhecimento e das histórias míticas de cada grupo humano.
Momento Contando e Cantando Histórias
agosto de 2009
agosto de 2009
Nos programas do mês de agosto, mês do Folclore, e os Momentos Contando e Cantando Histórias, foram dedicados a contar e cantar um cadinho da riqueza que é o folclore brasileiro, suas raízes culturais mais ingênuas e que refletem a diversa paisagem étnica que é o povo brasileiro.
São causos, contos, mitos, parlendas, advinhas, provérbios, cantigas, cantos, cirandas, rituais religiosos, artesanias, modos de preparo de alimentos típicos, vocabulários e regionalismos, traços da colonização que se miscigenaram, a criatividade popular que cria e recria a vida a fim de sobreviver, educar e construir memória.
Diz o ditado popular: 'quem canta, seus males espanta', e o folclore brasileiro encontramos inúmeros cantos, cantigas e cirandas, os causos e modas de viola e as brincadeiras de roda ou populares que traduzem bem o dito. Alguns ditos são frutos da sabedoria popular e esse com certeza é um deles, pois nada melhor que cantar no trabalho, especialmente quando o trabalho é coletivo.
As cantigas ou cantos de trabalho , encontrados no interior, são usados em vários de serviços: para vender diversos artigos, nas plantações, celebrar as colheitas e em determinados ofícios: os balaieiros, as quebradeiras de coco, as lavadeiras, nos engenhos de farinha e etc... Estas cantigas eram vivenciadas em grupo e hoje muitas delas sobrevivem nas memórias de algumas pessoas e vem sendo revividas através do trabalho de arte educadores em comunidades, grupos folclóricos, um cadinho fora do contexto original, mas recriadas.
Há projetos do IPHAN e do MINC, que incentivam e apóiam iniciativas de preservação e valorização da cultura popular, através dos pontões e pontos de cultura, que mantém vivos os nosso patrimônios imateriais .
http://www.cultura.gov.br/
http://www.funarte.gov.br/
“Quando entrar setembro...
E a boa nova andar nos campos ...
Quero ver brotar o perdão...
Onde a gente plantou
Juntos outra vez ...
Já sonhamos juntos ...
semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz ...
No que falta sonhar ... “
E a boa nova andar nos campos ...
Quero ver brotar o perdão...
Onde a gente plantou
Juntos outra vez ...
Já sonhamos juntos ...
semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz ...
No que falta sonhar ... “
No mês de setembro semeei, contei e cantei histórias e cantos que falam da Primavera, de renovação, de belezas, de flores e metáforas que vem da observação, da contemplação sobre o ciclo ...
Desde pequenos sabemos que setembro é mês da Primavera, das flores e frutos, mas nem sempre sabemos o por que deste ciclo do ano se chamar Primavera??? Contei um mito ocidental que explica a sua f orma a origem do ciclo.
Depois foram várias metáforas
Momento Contando e Cantando Histórias
outubro de 2009
Desde pequenos sabemos que setembro é mês da Primavera, das flores e frutos, mas nem sempre sabemos o por que deste ciclo do ano se chamar Primavera??? Contei um mito ocidental que explica a sua f orma a origem do ciclo.
Depois foram várias metáforas
Momento Contando e Cantando Histórias
outubro de 2009
Neste mês de outubro compartilho Fábulas, estas pequenas histórias que vem atravessando os tempos.
A palavra latina fábula deriva do verbo fabulare, "conversar, narrar", o que mostra que a fábula tem sua origem na tradição oral. A fábula é um gênero literário muito antigo. Elas são encontradas em todas as culturas humanas e em todos os períodos históricos. Este caráter universal da fábula se deve, sem dúvida, à sua ligação muito íntima com a sabedoria popular.
A fábula, por ser uma pequena narrativa, serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude e termina com uma lição de moral. A grande maioria das fábulas retratam personagens como animais ou criaturas imaginárias (criaturas fabulosas), que representam de forma alegórica os traços de caráter (negativos e positivos), de seres humanos.
Esopo primeiro autor conhecido de Fábulas
depois muitos outros o reescreveram, por certo adaptando o linguajar e as metáforas ao seu tempo. Febro é o mais desconhecido de todos...
Fedro nasceu 30/15 a.C. – 44/50 d.C.) foi um fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia, filho de escravos. Coube a Fedro, quando iniciou-se na literatura, enriquecer estilisticamente muitas fábulas de Esopo, pois todas não estavam escritas, mas eram transmitidas oralmente, isto é, contadas, elas serviam de aprendizagem e memorização dos valores morais do grupo social.
Portanto, Fedro introduziu a fábula na literatura latina.
“Ao mesmo rio vieram, compelidos pela sede, o lobo e o cordeiro.
O lobo estava mais acima e o cordeiro bem mais abaixo. Então o predador , incitado por sua goela maldosa, encontrou motivo de rixa: “Estou a beber e tu poluis a água!”.
O lanoso, tímido, responde:
“Como posso fazer isso de que te queixas, ó lobo? De ti para meus goles é que o liquido corre”.
Repelido pela força da verdade, ele replicou:
“Cerca de seis meses atrás, falaste mal de mim”.
O cordeiro retruca: “Eu? Então eu sequer era nascido…”.
- Por Hércules!, teu pai é que me destratou!
Em seguida, dilacera a presa, dando-lhe morte injusta.
Escrevi esta fábula por causa daqueles indivíduos que oprimem os inocentes por razões fictícias.
Fedro. (Tradução de Luiz Feracine)
Portanto, Fedro introduziu a fábula na literatura latina.
“Ao mesmo rio vieram, compelidos pela sede, o lobo e o cordeiro.
O lobo estava mais acima e o cordeiro bem mais abaixo. Então o predador , incitado por sua goela maldosa, encontrou motivo de rixa: “Estou a beber e tu poluis a água!”.
O lanoso, tímido, responde:
“Como posso fazer isso de que te queixas, ó lobo? De ti para meus goles é que o liquido corre”.
Repelido pela força da verdade, ele replicou:
“Cerca de seis meses atrás, falaste mal de mim”.
O cordeiro retruca: “Eu? Então eu sequer era nascido…”.
- Por Hércules!, teu pai é que me destratou!
Em seguida, dilacera a presa, dando-lhe morte injusta.
Escrevi esta fábula por causa daqueles indivíduos que oprimem os inocentes por razões fictícias.
Fedro. (Tradução de Luiz Feracine)
Leonardo da Vinci
José Bento Monteiro Lobato, que nasceu em Taubaté, SP, 1882 e morreu em 1948. Escritor, contista; dedicou-se à literatura infantil.
As fábulas que conto neste momento é de autoria de Leonardo da Vinci, italiano que nasceu em 1452 e morreu em 1519.
Um homem extraordinário, ele foi artista plástico, cientista e escritor .
Um dos maiores pintores do Renascimento e, possivelmente, seu maior gênio, por ser também anatomista, engenheiro, matemático, músico, naturalista e filósofo, bem como arquiteto, inventor e escultor.
Da Vinci reinventou da fábula na Itália, suas fábulas e lendas relacionavam-se com as de Esopo, Fedro e outros do imaginário medieval.
A Pedra e o Metal
Certo dia o metal começou a bater numa pedra e ela,
surpresa e indignada, virou-se e lhe disse:
- Que é isso? Você deve estar me confundindo com alguém, porque não conheço você. Deixe-me em paz, pois nunca fiz mal a ninguém!
O metal olhou para a pedra, sorriu e em seguida respondeu:
- Se você tiver um pouco de paciência,
verá que coisa maravilhosa posso fazer você produzir.
A essas palavras a pedra conformou-se e suportou com grande paciência os golpes que o metal lhe infringia.
Finalmente, de repente, fez-se uma faísca que acendeu um fogo maravilhoso,
com o poder de fazer coisas fantásticas.
Jean de La Fontaine um dos fabulistas mais conhecidos
Um homem extraordinário, ele foi artista plástico, cientista e escritor .
Um dos maiores pintores do Renascimento e, possivelmente, seu maior gênio, por ser também anatomista, engenheiro, matemático, músico, naturalista e filósofo, bem como arquiteto, inventor e escultor.
Da Vinci reinventou da fábula na Itália, suas fábulas e lendas relacionavam-se com as de Esopo, Fedro e outros do imaginário medieval.
A Pedra e o Metal
Certo dia o metal começou a bater numa pedra e ela,
surpresa e indignada, virou-se e lhe disse:
- Que é isso? Você deve estar me confundindo com alguém, porque não conheço você. Deixe-me em paz, pois nunca fiz mal a ninguém!
O metal olhou para a pedra, sorriu e em seguida respondeu:
- Se você tiver um pouco de paciência,
verá que coisa maravilhosa posso fazer você produzir.
A essas palavras a pedra conformou-se e suportou com grande paciência os golpes que o metal lhe infringia.
Finalmente, de repente, fez-se uma faísca que acendeu um fogo maravilhoso,
com o poder de fazer coisas fantásticas.
Jean de La Fontaine um dos fabulistas mais conhecidos
francês de origem burguesa, nascido em 1621 na região de Champagne, foi autor de contos, poemas, máximas, mas com as fábulas ganhou notoriedade mundial. Resgatando fábulas do grego Esopo (século VI a. C.) e do romano Fedro (século I d. C.), os textos de La Fontaine não apresentam grande originalidade temática, mas recebem um tempero de fina ironia. O autor francês não só tornou mais atuais as fábulas de Esopo, como também criou suas próprias, dentre elas "A cigarra e a formiga" e "A raposa e as uvas".
Contemporâneo de Charles Perrault, freqüentava a corte do Rei Sol - Luís XIV, de onde extraiu informações para sua crítica social. Integrou o chamado "Quarteto da Rue du Vieux Colombier", composto também por Racine, Boileau e Molière. Participou da Academia Francesa com ingresso em 1683, em que sucedeu o famoso político Colbert, a quem se opunha ideologicamente.
Estreou no mundo literário em 1654 com uma comédia. A publicação da primeira coletânea de fábulas data de 1668, sucedida de mais 11, lançadas até 1694. No prefácio dessa primeira coletânea, deixa bem clara suas intenções na constituição dos textos: "Sirvo-me de animais para instruir os homens." Jean de La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna,
Morre em 1695, aos 73 anos sendo considerado o pai da fábula moderna. As narrativas de La Fontaine estão permeadas de pensamentos filosóficos com forte moralidade didática e, apesar de tão antigas, mantêm-se vivas até hoje.
Contemporâneo de Charles Perrault, freqüentava a corte do Rei Sol - Luís XIV, de onde extraiu informações para sua crítica social. Integrou o chamado "Quarteto da Rue du Vieux Colombier", composto também por Racine, Boileau e Molière. Participou da Academia Francesa com ingresso em 1683, em que sucedeu o famoso político Colbert, a quem se opunha ideologicamente.
Estreou no mundo literário em 1654 com uma comédia. A publicação da primeira coletânea de fábulas data de 1668, sucedida de mais 11, lançadas até 1694. No prefácio dessa primeira coletânea, deixa bem clara suas intenções na constituição dos textos: "Sirvo-me de animais para instruir os homens." Jean de La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna,
Morre em 1695, aos 73 anos sendo considerado o pai da fábula moderna. As narrativas de La Fontaine estão permeadas de pensamentos filosóficos com forte moralidade didática e, apesar de tão antigas, mantêm-se vivas até hoje.
José Bento Monteiro Lobato, que nasceu em Taubaté, SP, 1882 e morreu em 1948. Escritor, contista; dedicou-se à literatura infantil.
As fábulas de Lobato contou ou recontou fábulas na voz da personagem, Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho, e após o término da história os demais personagens do Sitio do Pica Pau Amarelo conversam sobre a fábula, facilitando assim o entendimento da história.
Monteiro Lobato
Ateliê Clara Lua Cheia
A FORMIGA MÁ
Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu de sua porta.
Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel manto de gelo.
A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro e o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se nem folinha que comesse.
Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou - emprestado, notem! - uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o permitisse.
Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.
- Que fazia você durante o bom tempo?
- Eu... eu cantava!...
- Cantava? Pois dance agora, vagabunda! - e fechou-lhe a porta no nariz.
Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra, morta por causa da avereza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?
Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu de sua porta.
Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel manto de gelo.
A cigarra, como de costume, havia cantado sem parar o estio inteiro e o inverno veio encontrá-la desprovida de tudo, sem casa onde abrigar-se nem folinha que comesse.
Desesperada, bateu à porta da formiga e implorou - emprestado, notem! - uns miseráveis restos de comida. Pagaria com juros altos aquela comida de empréstimo, logo que o tempo o permitisse.
Mas a formiga era uma usurária sem entranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres.
- Que fazia você durante o bom tempo?
- Eu... eu cantava!...
- Cantava? Pois dance agora, vagabunda! - e fechou-lhe a porta no nariz.
Resultado: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra, morta por causa da avereza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela?
Monteiro Lobato
Ateliê Clara Lua Cheia
Projeto Contando e Cantando Histórias
Rádio Conceião FM 105,9
Programa Comunidade Interativa
Momento Contando e Cantando Histórias
sextas-feiras às 08:30 horas
Programa Comunidade Interativa
Momento Contando e Cantando Histórias
sextas-feiras às 08:30 horas
Lembre uma boa história é segundo Machado de Assis :
“um retalho de impalpável, outro de improvável, cozidos todos com a agulha da imaginação.”
Bons dias e inté...
“um retalho de impalpável, outro de improvável, cozidos todos com a agulha da imaginação.”
Bons dias e inté...
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